O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é caracterizado por quatro fases distintas, são elas:
1 – Intermediação Financeira (período até 1914)
Nesta época o mundo estava muito “conturbado”, iniciava-se a 1ª guerra Mundial, e o Brasil experimentava a recém independência das províncias portuguesas. Foi ainda nesta época que ocorreu o naufrágio do navio Titanic e a popularização do rádio como mídia de massa e também o automóvel como meio de transporte.
Nesta fase, o sistema financeiro nacional era SIMPLES, movimentado basicamente pelo setor cafeeiro e iniciava-se também projetos de infra-estrutura no país (desenvolvimento e indústrias);
2 – A Segunda fase, o período das Guerras (1914 a 1945)
A segunda fase é caracterizada por um período de DEPRESSÃO muito grande, devido as guerras que assolavam o mundo, mas neste período houve uma série de processos importantes na intermediação financeira no Brasil, as principais delas foram:
- A expansão da intermediação financeira de curto e médio prazo (emprestando dinheiro a curto e médio prazo, para empresas dispostas a investir no mercado nacional, incentivando o desenvolvimento financeiro do país);
- Disciplina, integração e ampliação das margens de segurança, com a criação da Inspetoria Geral dos Bancos: que tem com função, fiscalizar bancos e casas bancárias, para NÃO permitir que existam bancos ou casas bancárias criadas na clandestinidade, e sim que todas estejam integradas de forma correta no mercado formal.
- Instalação da Câmara de Compensação: É uma central de processamento, onde as instituições financeiras fazem acordo para trocar instruções de pagamento e liquidarem os instrumentos trocados, em um momento determinado com base em regras e procedimentos estabelecidos pela câmara de compensação.
- Implantação da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil : que consiste em uma operação de refinanciamento.
3 – Na terceira fase (1945 a 1964)
Foi a fase das TRANSIÇÕES, passando das simples intermediações, para a complexidade de uma reforma constitucional que resultou na criação dos seguintes órgãos:
- SUMOC – Superintendência a Moeda e do Crédito (que mais tarde se transformou em Banco Central do Brasil);
- BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico;
- Instituições Financeiras para apoiar regiões carentes, como: Banco de Desenvolvimento do Nordeste, Banco Desenvolvimento do Espirito Santo, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, entre outros mais.
- Companhias de Crédito, Financiamento e Investimentos de Médio a Longo Prazo.
4- Quarta fase: (1964 à 1965)
A última fase, foi caracterizada pela EVOLUÇÃO, com a criação de três principais leis:
- A lei 4.380, que instituiu a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, criou o Banco Nacional de Habitação e institucionalizou o Sistema Financeiro de Habitação.
- A lei 4.595, que definiu as características e as áreas específicas de atuação das instituições financeiras e a TRANSFORMAÇÃO DO SUMOC e seu Conselho em – BANCO CENTRAL DO BRASIL e CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL.
- – E finalmente, a lei 4.728, que disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento.